O preço médio do metro quadrado dos imóveis no Brasil subiu apenas 1,08% em 2015, segundo o Índice FipeZap, um dos principais indicadores da flutuação de preços do mercado imobiliário brasileiro. 

A alta é inferior ao rendimento da caderneta de poupança no período, de 2,36%, segundo dados da Calculadora do Cidadão, do Banco Central.

A valorização dos imóveis também fica abaixo da inflação medida pelo IPCA, que segundo expectativas do IBGE, deve ser de +4,55% de janeiro a abril de 2015.

Assim, o preço médio dos imóveis anunciados para venda nas 20 cidades que compõem o índice apresenta queda real de -3,47% nos quatro primeiros meses do ano.

A queda real acontece quando a alta no preço médio de um determinado bem é inferior à alta generalizada de preços, medida por índices inflacionários, como o IPCA.

No acumulado de 2015, as 20 cidades do índice registraram variações menores do que a inflação, sendo que Niterói, Brasília e Curitiba chegam a apresentar queda nominal nos preços (variação negativa).

O índice mostra também que nos últimos 12 meses encerrados em abril os preços subiram 5,25%, abaixo do IPCA esperado para o período, de 8,16%. De acordo com o FipeZap, abril é o quarto mês seguido que apresenta queda real no dado referente à variação dos preços em 12 meses.

Pela sexta vez consecutiva o índice também apresenta queda real na variação de preços mensal. Enquanto o metro quadrado subiu 0,39% em abril, a expectativa do IPCA para o mês é de +0,70%.

Nas 20 cidades avaliadas, o valor médio do metro quadrado foi de 7.590 reais no mês passado. A cidade mais cara continua sendo o Rio de Janeiro, onde o metro quadrado custa em média 10.653 reais, seguida por São Paulo, com valor médio de 8.570 reais.

Já os metros quadrados mais baratos foram registrados em Contagem 3.516 reais e Goiânia 4.155 reais.

O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site de classificados Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290 mil unidades por mês.

Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).