É preciso fazer bem as contas antes de tomar essa decisão. Nas duas situações, pode ser um bom momento para buscar a casa nova.

Comprar ou alugar? O que vale mais a pena fazer com o mercado atual? Os dados mostram que os contratos de aluguel de residência assinados em julho ficaram menores do que os fechados em junho. Mas os economistas dizem que quem vai fechar negócio tem que fazer bem as contas antes de tomar a decisão.

Nas duas situações, pode ser um bom um momento para quem está em busca da casa nova.
Isso porque está difícil arrumar comprador e quem está alugando foi na mesma toada: reduziu o valor do aluguel para ver se desencalha o negócio.

Já são três meses de queda no índice FipeZap de locação, que avalia a variação dos preços das ofertas de aluguel na internet em nove cidades do Brasil. Em maio, ele caiu 0,2%, em junho, 0,7% e em julho, de novo, 0,7%. Em 12 meses, a queda já está em 1,3%.

O analista de rede social Marcio Salles percebeu rapidinho que o mercado estava melhorando para o lado do inquilino. Pesquisou, pesquisou e encontrou um apartamento a menos de duas quadras do antigo com 70 metros quadrado, bem maior do que o anterior, que tinha só 28. Ele está pagando R$ 200 a mais por isso e nem precisou fazer o seguro-fiança. “Melhor negócio, impossível”, comemora Marcio.
Agora, se tiver um dinheiro guardado, vale fazer as contas do quanto custa comprar um imóvel.

A gente fez uma simulação: um imóvel em São Paulo que custa R$ 400 mil. Com entrada de 30% desse valor, o que dá R$ 120 mil. Financiando em 30 anos, a uma taxa de juros de 9% ao ano. É preciso comprar se esse dinheiro da entrada renderia mais, por exemplo, na poupança, a uma taxa de cerca de 8% de correção ao ano. Pelas contas, o aluguel vale a pena se for menor que R$ 1.086 por mês.Valor igual ou maior que isso, o negócio é comprar.

Mas o economista Bruno Oliva, da Fipe, lembra que antes de sair fazendo dívida, o consumidor tem que pensar e repensar bem a situação. “Identificar claramente se um imóvel atende às necessidades particulares e olhar a situação de mercado. Em economia não favorável, é natural que pensem duas vezes antes de comprar, porque, com a incerteza, pode não ter aumento de salário ou demissão. Sugiro que as pessoas na hora de tomar essa decisão, tomem com cautela bem grande”, recomenda.